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Aos Companheiros de Estrada

  • Início: 03 de Jul de 2025, às 20:00
  • Fim: 20 de Jul de 2025, às 20:00

Local: Auditório Glauco Flores de Sá Brito (Miniauditório do Teatro Guaíra)

Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 175 Ver no mapa
  • Evento Gratuito
  • Sem agendamento
  • Presencial

Por: Instituto Municipal de Turismo

Descrição

O espetáculo "Aos Companheiros de Estrada"  chega em 2025 em nova temporada que reúne poesia, teatro físico e uma profunda conexão com a literatura brasileira. A montagem, que teve sua estreia em 2023, nasce da parceria entre o diretor amazonense Victor Lucas Oliver e a atriz e dramaturga Camila Ferrão, fruto da pesquisa realizada durante o curso “Estado de Ser do Ator”, do LUME Teatro. O espetáculo ainda oferece sessões com intérpretes de libras nos dias 12,13,19 e 20 de julho e oficinas para comunidade nos dias 09 e 16 (quartas-feiras).

A ideia do espetáculo surgiu do encontro criativo entre os artistas. “Eu tinha um texto e o Victor uma grande vontade de fazer acontecer”, conta Camila Ferrão, que também assina a dramaturgia. A inspiração para a peça veio da vivência da atriz em uma caminhada de 189 km pelos "Caminhos do Sertão", trajeto que refaz os passos do personagem Riobaldo, de Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa. A experiência deu origem a uma dramaturgia autoficcional, que mistura memórias, travessias e a geografia simbólica do sertão.

Com duração de 60 minutos, o espetáculo propõe uma jornada sensorial ao público, guiada por uma viajante que compartilha sua trajetória por paisagens internas e externas. A palavra e o corpo em cena se tornam ferramentas para convidar a plateia a caminhar, metaforicamente, sobre um solo que é ao mesmo tempo chão e encenação, memória e presente. A narrativa propõe a experiência de “entrar e experimentar o livro”, como define a própria atriz.

Nesta nova temporada, o espetáculo “Aos Companheiros de Estrada” propõe uma travessia ainda mais urgente e sensível. A encenação amplia seu percurso: além de explorar as paisagens internas e externas de uma viajante que narra sua jornada, o espetáculo evoca a delicada e crítica situação do Cerrado Mineiro, sua estiagem, o envenenamento dos rios, as queimadas e a depredação crescente. A palavra e o corpo continuam sendo ferramentas essenciais em cena, mas agora se expandem em direção a um grito coletivo pela preservação da vida. O chão da cena torna-se solo sagrado e ameaçado, e a narrativa convida o público não apenas a imaginar, mas a se responsabilizar. Através da união entre dança, poesia, música, artes visuais e literatura, o espetáculo transforma o palco em território de alerta, resistência e reinvenção.

Observação

Local

Auditório Glauco Flores de Sá Brito (Miniauditório do Teatro Guaíra)

Rua Conselheiro Laurindo, 175

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